Esta semana vivenciei um contato com o texto La Ética Ambiental de Robert Elliot a partir de exemplos do Parque Nacional Kakadu, Austrália. Nele ele pensa as questões ambientais relacionadas a ação do ser humano neste espaço. Interessante notar que a discussão da ética, ao longo dos séculos, esteve voltada ao ser humano, em certo grau, uma ética antropológica. O que Elliot propõe é uma ética que transborda para além das pessoas, mas considerando a vida e o impacto das ações humanas sobre todos os seres vivos e sobre a mãe Terra, enquanto casa comum. Considerar a totalidade dos seres dentro deste espaço. Uma discussão que já foi apresentada, por exemplo, com suas particularidades por Leonardo Boff e Peter Singer – australiano. Depois da leitura descobri que o texto lido faz parte de um compêndio sobre ética, organizado por Singer.
A chave para defender uma ética centrada na vida está no fato que as propriedades que sem apelam nesta discussão, são intrinsecamente valiosas. A ética, como a conhecemos historicamente, é restritiva a questões moralmente relevantes quando pensamos espaços ambientais, quando pensamos a casa comum há uma proposta de expansão do espaço, não é apenas o locus momentâneo, mas o habitat da espécie humana. Ao pensar a casa comum, é muito significativo o que a Campanha da Fraternidade 2017 propôs enquanto reflexão, o olhar ecológico ampliado a discussão verde.
Estas leituras se aproximam um pouco daquilo que discuto com meus alunos nas aulas de Ética, Cidadania e Meio Ambiente, pensar correlações e como o ser humano se coloca dentro deste espaço de convivência e responsabilidade, expandindo a preocupação humana para além de si.
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