O filme que conta a história do nascimento do Manifesto do Partido Comunista em “O jovem Marx”. Ele mostra as condições do dia a dia de Marx e Engels e as relações estabelecidas com os outros intelectuais e como estes debates e conversas deram origem a obra icônica lançada em 1848. Não ler a obra é um atentado violento contra a formação intelectual de qualquer cidadão, então criticar sem este pressuposto é uma imbecilidade maior ainda. Voltando ao longo, ele é montado por diálogos tensos e parado. Não empolga o espectador mais desavisado e desatento. Exige um olhar com cuidado entre tantas citações e teorias não explicadas. Um filme feito para marxianos, não para marxistas.
Depois do filme fiz a leitura do texto “Quando cristão são
atacados, muçulmanos e a esquerda precisam defendê-los” de Mehdi Hansa, em The
Intercept Brasil. Nele, o autor mostra as diversas frentes de perseguição
que os cristãos sobrem em espaços de predominância muçulmana. O que mais me
incomodou no texto é o olhar para os cristãos, não como um movimento de
religiosidade, centrado nas figuras de seus líderes espirituais, mas os
diversos políticos cristãs que levantam a bandeira da religião e usam dela para
seus fins. Como diria Michel Foucault, a política é a arte da guerra por outros
meios.
Em comum com ambos encontro a briga de forças entre a
elite que controla as classes. No filme retratada pelo domínio dos meios de
produção, no artigo, chamada atenção pelos meios de gestão político com uso do
discurso religioso. Neste jogo de classes, ondem fica a massa?
Prof. Dr. Albio Fabian Melchioretto
https://orcid.org/0000-0001-8631-5270
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